22.12.06

Muralzão de Projetos e Painel de Ferramentas
Ontem conversamos sobre a idéia de armar um Mural no Espaço, aonde a gente fosse colocando os projetos propostos pela galera que tem freqüentado o Lab.

Estamos sentindo que as coisas estão começando a tomar corpo e se não tivermos um mapa daquilo que as pessoas têm proposto, podemos ter dificuldades em atender a essas demandas.

Também pensamos que esse mural pode gerar maior comprometimento, por parte da galera. Porque o cara olha no Mural e vê o projeto que ele lançou a X semanas e que ainda não foi concretizado.

Disso tudo, já temos a idéia de uma revista, produzida através da Oficina de Diagramação, com o objetivo de divulgar a "Produtora Cultural" do pessoal da Vila Santa Catarina; Temos o bumerangue feito com placa-mãe e o robô guitarrista propostos pelo Robertão; A instalação de Linux num Macintosh Old World, proposta pelo Agner; A criação de um gabinete locomotiva, proposto pelo Fininho... e o filme segue.

Estou pensando em armar cronogramas com o pessoal, porque a coisa toda ainda está muito solta, em função da época do ano e tudo o mais. Quero conversar com cada um e ver se podemos estabelecer prazos para a concretização destas demandas, porque a coisa tende a ficar muito desorganizada, com diversas coisas começadas e ainda por fazer.

Isso também é um exercício pessoal, porque eu tendo a começar muitas coisas e não terminar...

Por isso, estou somando aos projetos duas pesquisas que eu não concretizei em 2006: o projetor metareciclado e o LTSP com server PC e terminais Macintosh.

Oficina de Metareciclagem I
Aqui algumas fotos da Oficina de Metareciclagem I, que rolou no dia 15 de dezembro, com a galera do CDHU, do programa de recuperação de cortiços. (A imagem é assim trash, porque as fotos foram tiradas com o meu celular). Quem deu a oficina foi o Guima, e eu fiquei só na assessoria.

Havia uma equipe do SEADS fazendo uma matéria sobre o PEFI, que saiu aqui:
http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/social/materia.asp?id=529

No mais, a oficina rolou. Um pessoal ficou de aparecer em janeiro, para usar o laboratório e aprender um pouco mais. A gente também deu uma estimulada na galera, informando que é muito fácil descolar as máquinas e que com elas se poderia armar um laboratório nos edifícios aonde moram.


21.12.06



Dia 18 de Dezembro!!!

Djair e Marcelo articularam uma oficina de edição de imagens no software GIMP, resultado da Oficina de Diagramação de Imagens que aconteceu na semana passada... O grupo de jovens que esta se apresentando nas oficinas esta classificado entre 14 e 180 anos...



Dia 19 de Dezembro!!!
Lab Livre... dia de LabLivre é o dia onde todos os frequentadores do PEFI poderam entrar na sala do Metaprojeto e usar todas as ferramentas e equipamentos que temos a disposição para uso criativo, artistico, pessoal, social, etc. Dentre as áreas de exatas, humanas, biológicas, e todas que ainda não temos como classificar... pois a arte esta justamente na liberdade...




Dia 20 de Dezembro!!!

Foi dirigida uma oficina e respeito da filosofia GNU/Linux, bem como os Sistema Operacional e linhas de comando

Dia 21 de Dezembro!!!

Hoje um frequentador do metaespaço, o Roberto, nos trouxe a idéia de um projeto que gostaria de criar, um rôbo humanóide que tocasse guitarra, pensamos no motor que seria usado, a lataria, software e etc. ou seja, vamos tocar o projetinho, temos algum material ja no local pra começar o guitarrista.
Fizemos contato com algumas ong's pelo bairro do jabaquara, dentre elas uma cooperativa chamada Peixe no Mar, tem ideais fortes em relação a articulação de projetos sociais e comunidades de prática, concluindo o encontro, achamos um elo de ligação entre o Metaprojeto e o Peixe no Mar, um frequentador dos 2 espaços que ja esta fazendo a algum tempo oficinas de diagramação de imagens conosco.
Rolou também a idéia de produzir metaprodutos novos, um deles que ja temos como confeccionar é a produção de bumerangues feito de placa mãe de microcomputadores.


16.12.06

Djair versou:

Tudo se passa no futuro, no ano de 2011.
As organizações parceiras (que agora são 53) compreendem profundamente a abordagem metarecicleira e percebem claramente que muitas das suas demandas com tecnologia podem ser atendidas prontamente através do uso crítico da tecnologia, proposto pela Metareciclagem. Esses coletivos começam a reutilizar os equipamentos de forma cada vez mais criativa, dependendo cada vez menos de financiamento governamental ou corporativo. Isso permite que essas organizações passem a expressar todo o seu potencial organizativo, realizando mudanças em outros campos da sociedade. Criou-se uma rede de intercâmbio de experiências, onde as diversas organizações podem expressar suas experiências com o uso criativo de tecnologia, disponibilizando diversos tutoriais que servem de estímulo a outros pontos.


Creio que é preciso ir apresentando às organizações a idéia de que o que estamos propondo como metodologia vai além da capacitação profissional do jovem que freqüenta o parque, mas que pode se converter num instrumento a ser utilizado pela própria organização em relação às suas necessidades tecnológicas. Temos que fomentar a realização de pequenos projetos a curto prazo, que permitam aos que tomam contato com o Metaprojeto desenvolverem um senso organizativo, uma visão de processo e uma metodologia de projetos. Demandas simples e claras que vão avançando a ações mais complexas.

Associações de moradores e diversos outros grupos organizados da região (igrejas, escolas, etc); ONGs que já atuam no parque e a própria administração do mesmo.
O foco é o jovem e o seu protagonismo social, que vai além da mão de obra especializada.
O que pode ajudar é a parceria com a AEB, que é a maior ONG atuando no parque. O que atrapalha é a falta de comunicação clara (nossa).
Os beneficiários somos todos nós, cidadãos, que vamos aprendendo a nos organizar para resolver as nossas questões, com base a consenso, cooperação e formação de redes criativas.


Porque atuam de forma organizada, clara, e atendem um grande conjunto de pessoas que podem assimilar a nossa metodologia e com isso reduzir grandemente esse dano ecológico e essa cultura de consumo excessivo.
Marcelo Braz disse:

As perguntas/respostas são as seguintes:
1. Imagine o programa daqui a três a cinco anos e imagine que tenha sido extremamente bem sucedido na elaboração e implementação das atividades. Nesta situação ideal, pressupondo que tudo tenha corrido bem, que mudanças o seu programa ajudou a realizar?

Ajudou na mudanca de visao de mundo de cada participante no sentido de nao so' ter uma postura critica em relacao ao uso de tecnologias na sociedade, mas ainda em formas de acao que provoquem mudancas significativas e duradouras.

O que seus parceiros conseguiram?
Conseguiram obter autonomia cognitiva e social para realizar as mudancas citadas, ou no minimo vislumbraram possibilidades de encaminhamento e agenciamento para que elas ocorram.

O que é que eles estão/estarao fazendo de maneira diferente?
Usando tecnologias e softwares livres de forma cooperativa e colaborativa dentro de um ciclo de reaproveitamento de computadores e maquinas usadas, que por sua vez iniciem outros cilcos de desenvovimento pessoal e social.

Em outras palavras, o que seria sucesso total?
O mesmo projeto ser replicado, mas com formas novas de implementacao. Ao mesmo tempo ter provocado mudancas sociais na comunidade onde ocorreu. Assim como os participantes conseguirem explicar (narrar claramente) como estas mudancas ocorreram e o quanto foi ou tem sido significativo para eles.

2. Como é que o programa pode contribuir melhor para esta visão?
Principalmente criando uma rede solidaria de pessoas , onde a colaboracao e a cooperacao sejam pontos-chave.

Em que áreas ele precisa trabalhar para promover e apoiar a realização desta visão?
O que ele precisa fazer nessas áreas? O que ele precisa conseguir realizar nessas áreas?

.tecnologica: criacao de laboratorios livres de experimentacoes tecnologicas usando materiais descartados pelos ciclos de obsolescencias planejadas que a sociedade, principalmente as industrias, criaram.
.educativa: estabelecer ambientes de aprendizagem formais, nao-formais e informais onde a liberdade de pensamento, livre expressao e acao consciente e critica sejam estimulados.
.social: estabelecer redes sociais de confianca, apoio mutuo e colaboracao continua entre os parceiros envolvidos

3. Com que indivíduos, organizações ou grupos o programa vai precisar trabalhar para realizar essas mudanças?
Com os individuos usuarios do CECL-PEFI e regioes adjacentes , assim como com outras instituicoes ou grupos que queiram participar ativamente no projeto

Com quem vocês trabalharão mais diretamente?
Inicialmente e majoritamente com adolescentes a partir de 14anos (em funcao da Lei do Aprendiz) e tambem com adultos que estejam em busca de novas formas de trabalho.

Quem pode ajudar ou atrapalhar o trabalho?
Quem pode ajudar sao os parceiros institucionais (Lidec-Usp , Seads-SP e Ongs do PEFI) assim como o movimento Metareciclagem e o Movimento Humanista atraves de suas representacoes reais (pessoas) ou virtuais (ferramentas na Internet).
O que pode atrapalhar o projeto sao: a falta de aporte financeiro da contratante ou procesos demasiadamente burocraticos que impecam ou adiem as acoes previstas.

Quem são os beneficiários finais?
Alem dos jovens (foco principal) e adultos usuarios do PEFI, todos os envolvidos realmente engajados no processo de implantacao do projeto.

4. Favor dizer por que essas pessoas, organizações ou grupos são necessários como parceiros.
O projeto nao preve, de imediato, modos de auto-sustentabilidade ou aportes constantes de capital financeiro alem daqueles previstos na prestacao de servicos oferecidos na forma de oficinas e outras acoes. Porem, se utiliza de mao-de-obra e nao-voluntaria com formacao academica, conhecimento e experiencia condizentes com o projeto.

Para os beneficiarios finais almeja-se que isto, novas formas de trabalho e conhecimento, ocorra no desenvolvimento e evolucao do projeto. Alem disso, a experiencia, a pratica e o conhecimento acumulado dos parceiros tambem permitira' que a continua interacao e apoio mutuo viabilizem nao somente uma comunidade de pratica, mas uma verdadeira rede social de aprendizagem
iniciamos a organização do metaprojeto utilizando a metodologia de avaliação e acompanhamento denominada Mapeamento de Mudanças Alcançadas.

a idéia é criarmos nosso próprio sistema de avaliação e análise do projeto, visando criar condições de replicação do esporo dentro de outras instâncias em parceria com o Acessa SP.

Etapa 1:
Favor responder cada uma das perguntas abaixo para que eu possa redigir a declaração e visão e missão para serem revisadas em grupo mais tarde. Você pode usar a forma itemizada, se for mais fácil. Sinta-se livre para ser idealista e visionário.

As perguntas são as seguintes:

1. Imagine o programa daqui a três a cinco anos e imagine que tenha sido extremamente bem sucedido na elaboração e implementação das atividades. Nesta situação ideal, pressupondo que tudo tenha corrido bem, que mudanças o seu programa ajudou a realizar? O que seus parceiros conseguiram? O que é que eles estão fazendo de maneira diferente? Em outras palavras, o que seria sucesso total?

2. Como é que o programa pode contribuir melhor para esta visão? Em que áreas ele precisa trabalhar para promover e apoiar a realização desta visão? O que ele precisa fazer nessas áreas? O que ele precisa conseguir realizar nessas áreas?

3. Com que indivíduos, organizações ou grupos o programa vai precisar trabalhar para realizar essas mudanças? Com quem vocês trabalharão mais diretamente? Quem pode ajudar ou atrapalhar o trabalho? Quem são os beneficiários finais?

4. Favor dizer por que essas pessoas, organizações ou grupos são necessários como parceiros.

Favor enviar suas respostas para mim até sexta-feira, dia 15/12. Se você tiver quaisquer questões ou comentários, favor entrar em contato comigo.

grato pela colaboração e comprometimento de todos nesse importante projeto,
dalton martins

14.12.06

GIMP GRAFITE
Nós fizemos contato com um pessoal na semana em que rolaram os eventos no PEFI (Parque Estadual Fontes do Ipiranga).

É uma galera que freqüenta a AEB (Associação Evangélica Beneficente) e que pretendem formar uma "produtora" comunitária (na falta de um nome melhor, dizem eles) para revelar os talentos locais e agitar o cenário cultural da região. São moradores dos arredores que se conheceram numa reunião da subprefeitura para tratar do tema cultura.

São quatro jovens que devem ter entre 18 e 20 anos.

Tenho conversado com eles, na intenção de orientar essa atividade que estão fazendo. Propus a eles que fizéssemos uma oficina de diagramação para que eles fizessem uma pequena revista (como a do Movimento Humanista, que levei para distribuir por lá). Expliquei a eles como a gente (do MH) faz para agitar esse tipo de publicação e as idéias do auto-financiamento da publicação (pedindo colaboração com os comerciantes da região, na forma de anúncio). A revista serviria como veículo de divulgação da idéia e poderia atrair novos parceiros para a iniciativa da produtora.

Combinamos de fazer essa oficina para que a idéia da revista fosse tomando corpo, como um pequeno projeto desse nosso grupo.

Armamos uma oficina de diagramação com o GIMP, que começou ontem.

Como a galera trabalha com Grafite, comecei a explicar as ferramentas de seleção, dizendo a eles que no final daquela "aula", eles teriam aprendido como fazer um molde vazado (Stencil) usando o programa e essas ferramentas que eu estava explicando. Trabalhamos as ferramentas de seleção por área, seleção por cor, modos de cor (colorido, escala de cinza), trabalho em camadas, preenchimento, curvas de bezier.

O processo foi o seguinte:
  1. Abrimos um CD com fotos deles mesmos e escolhemos uma foto de rosto bacana.
  2. Recortamos o fundo da foto, isolando o rosto.
  3. Convertemos a imagem para escala de cinza e acentuamos o contraste.
  4. No caso das imagens que tinham pouco contraste entre os tons de cinza, usamos a ferramenta níveis, que permite um ajuste mais preciso entre os níveis de cor.
  5. Posterizamos a imagem, deixando ela com apenas 4 cores.
  6. Quadruplicamos a camada
  7. Usamos a ferramenta Seleção por cor e a Varinha mágica, para isolar cada uma das 4 cores numa camada. Isso era feito assim: selecionávamos a cor, preenchíamos essa área com preto), invertíamos a seleção (escolhendo as áreas que não tinham a cor selecionada), apagávamos todas as outras cores.
  8. Íamos escondendo as camadas até acharmos uma combinação delas que deixasse o rosto mais reconhecível e expressivo.
Como lição de casa, cada um ficou de trazer um desenho seu para que a gente fosse trabalhando essa imagem direto no GIMP, usando somente o mouse e as ferramentas.

Marcamos o próximo encontro para a próxima Terça, 19/12, às 11hs.
iniciando por aqui!
a idéia é utilizarmos esse blog para criarmos e documentar o MetaProjeto.
este é um projeto experimental do MetaReciclagem dentro do Acessa SP.
vamos em frente!!!